Naquela Mesa

Naquela mesa ela sentava sempre
E me dizia sempre o que é viver melhor
Naquela mesa ela contava histórias
Que hoje na memória eu guardo e sei de cor
Naquela mesa ela juntava gente
E contava contente o que fez de manhã
E nos seus olhos era tanto brilho
Que mais que seu sobrinho
Eu fiquei seu fã
Eu não sabia que doía tanto
Uma mesa num canto, uma casa e um jardim
Se eu soubesse o quanto dói a vida
Essa dor tão doída, não doía assim
Agora resta uma mesa na sala
E hoje ninguém mais fala do seu bandolim
Naquela mesa ta faltando ela
E a saudade dela ta doendo em mim...

Naquela mesa ta faltando ela
E a saudade dela ta doendo em mim...

(- Sérgio Bittencourt, para Otto, em 'Certa Manha Acordei De Sonhos Intranquilos', 2009 - Adaptação.)

Proxima estación...Esperanza

O ano virou e continuamos por aqui não é verdade?
Como estivemos em todos os outros anos de nossas vidas, e que na virada desejamos tudo o que desejamos nessa virada.
Qual era sua meta a 3 anos atrás? Ela foi conquistada? Ela mudou? Você fez outras metas?
Comigo já mudou tanta coisa que eu nem soube ao certo o que pedir ao novo ano. Só sei da próxima estação, aquela que nunca chega, e que nunca a perdemos por lotação, desatenção ou erro de sentido da linha, esperança.
Lembro do metrô de Madrid, e da música de Manu Chao, 'Me Gustas Tu', e claro, da estação Esperanza, começo a entender a metáfora.
Ainda tenho esperança nas velhas amizades, nas antigas histórias, antigos amores e em toda minha história.
A esperança no futuro só existe por causa do passado.

Ainda tenho esperança na vida, na luta e na fé. Nas pessoas do bem, na vontade e na coragem que faz com que todos nós nos levantemos cedo em plenas chuvas paulistanas para trabalhar, ver os amigos, ver os filhos, os parentes, lutar.
Nas mãos de todos os médicos, nos olhos de todos os pilotos, motoristas...enfim, ela sempre estará próxima e imortal.
Ainda há esperança até quando perguntamos; 'Que horas são?'

E o que serão das próximas horas?

Feliz 2010.



¿Qué horas son, mi corazón?